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Marafações de uma Louletana

Blog sobre Loulé e as suas gentes

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Marafações de uma Louletana

20
Set11

As portas de outrora - o caso das aldrabas

Lígia Laginha

 

Bom dia caros visitantes do "Marafações de uma Louletana".

 

Falar do património identitário de um povo é falar dos seus usos e costumes, dos seus edifícios e objectos, da natureza em que se enquadra, etc. Nesse sentido hoje decidi escrever algumas linhas sobre um objecto, a aldraba, que se encontrava presente nas portas dos nossos antepassados.

Criada com uma função diária (servia para quem chegava à porta de uma habitação anunciar a sua visita), a aldraba tinha ainda outro fim: servia de ferrolho, isto é, é necessário girar a aldraba que fazendo mover uma tranqueta serve para abrir ou fechar a porta

No tempo em que os árabes ocuparam o Algarve, algumas portas podiam ter três aldrabas que simbolizavam que no interior da casa haviam um homem, uma mulher e uma criança. Cada aldraba, segundo o sexo e a idade, tinha um tamanho e som diferenciados. 

A aldraba, diferente da "manita que é um batente, representava o contorno da mão de Fatma, a filha do Profeta Maomé, e nesse sentido, possuir tal objecto na porta de entrada da casa era uma forma de defender os seus habitantes dos maus olhados e atrair a sorte.

Hoje as aldrabas foram sendo substituídas por batentes, campainhas e puxadores. Algumas portas modernas possuem imitações quase perfeitas destes objectos que aqui adquirem uma função meramente decorativa.

 

19
Set11

No tempo dos alguidares de barro

Lígia Laginha

 

Bom dia caros visitantes do "Marafações de uma Louletana".

 

Hoje decidi falar-vos de um utensílio que pouco a pouco foi desaparecendo do quotidiano devido à sua substituição pelos plásticos e esse utensílio é o alguidar de barro. Alguidar é uma palavra de origem árabe, de al-gidâr, e este utensílio foi mais um legado que os mouros nos deixaram. O alguidar de barro vermelho era uma peça essencial no ambiente doméstico dos meus pais e avós, sendo as suas utilidades inúmeras: era nele que se amassava e deixava a massa a levedar para fazer o pão, era para este alguidar que se cortavam as carnes do porco durante a desmancha, era no alguidar que se deixava o chamado “migado”, isto é, carne de porco com calda de pimentão que servia para encher a tripa do porco e fazer chouriças, era no alguidar que se lavava a loiça, etc.

Quando por descuido o alguidar se partia não era deitado fora. Chamava-se o “conserta alguidares e mais uma caterva de coisas” e este, através de uma técnica muito própria, colocava-lhe uns “gatos”, isto é, espécie de grandes agrafos que uniam as partes partidas do alguidar e o tornavam a vedar dando-lhe mais uns anitos de vida.

Haviam alguidares dos mais variados tamanhos, dependendo das tarefas a que se destinavam, e alguns ostentavam um determinado tipo de decoração.

Nos dias de hoje o plástico leva a dianteira, no entanto, por essa serra algarvia são muitos os que não dispensam o alguidar de barro.

 

Nota:

 

1. Na imagem podem ver um alguidar de barro com alguns dos "gatos" que referi.


 

16
Ago11

Colecção visitável da cozinha tradicional

Lígia Laginha

 

 

Bom dia caros visitantes do "Marafações de uma Louletana".

 

A Colecção Visitável da Cozinha Tradicional fica localizada na Rua Dom Paio Peres Correia, em pleno centro histórico, no 1º piso do edifício da Alcaidaria do Castelo.

Esta exposição pretende mostrar uma fracção da vida rural do concelho que, pouco a pouco, vai sendo substituída pelo progresso tecnológico, económico e social. O espólio desta colecção visitável é numeroso e diversificado, do qual constam, entre outros, o tabuleiro e a tábua para tender a massa para o pão, talheres e utensílios de cozinha em alumínio, a mó para moer o milho de cuja farinha se faz o xarém, pratos, travessas e tachos de cobre e arame, cabaças e cocharros de cortiça.

Para além da exposição permanente, decorrem mostras pontuais de tradições relacionadas com o contexto rústico que se pretende recriar, como é o caso do Presépio Tradicional Serrano, que fica em exposição durante o período natalício, ou a Maia que, a partir do primeiro dia de Maio, assinala a chegada da Primavera e o início de um novo ciclo da vida.

 

 

Uma das peças que se pode encontrar entre esta colecção é o referido cocharro, utensilio de cortiça que servia essencialmente para beber água. Já bebi várias vezes por um cocharro e acreditem que a água sabe melhor!

 

Nota:

 

1. A cozinha tradicional, tal como os restantes espaços do castelo e o museu de arqueologia, pode ser visitada pela módica quantia de 1,50€. Crianças e reformados não pagam.

 

09
Ago11

O que os algarvios comem (XI) - Queijo de figo

Lígia Laginha

 

 

Bom dia caros visitantes do "Marafações de uma Louletana".

 

Os figos são um dos frutos mais apreciados em terras algarvias. Comem-se logo após serem colhidos da figueira ou colocam-se ao sol para secar. Os figos secos com amêndoas são uma das iguarias que os marafados mais degustam.

Os figos são também grandemente utilizados na doçaria algarvia, assim como a alfarroba e a amêndoa. Nesse sentido, hoje escolhi uma receita bem docinha: Queijo de Figo.

 

Ingredientes:

 

1 kg de Figo

500 grs. de Miolo de amêndoa

300 grs. de Açúcar

25 grs. de Chocolate em pó

5 grs. de Canela

1 Colher de sopa de erva doce

1 Chávena de água

1 Cálice de medronho

Raspa de limão q.b.

 

Preparação:

 

Moem-se os figos e as amêndoas grossamente.

Num tacho colocam-se os seguintes ingredientes: chocolate, erva-doce, canela, raspa de limão, medronho, açúcar e um pouco de água. Vai ao lume e mexe-se até ficar tudo ligado. Seguidamente mistura-se a amêndoa e o figo e mexe-se até ficar uma massa homogénea, retira-se do lume e deixa-se arrefecer.

Finalmente, retirando pequenos bocados, molda-se esta massa em forma de pequenos

queijos.

 

Nota:

 

1. Bom proveito!

06
Ago11

Manjares e Folclore juntos na Serra do Caldeirão

Lígia Laginha

 

 

Bom dia caros visitantes do "Marafações de uma Louletana".

 

Este fim-de-semana a Cortelha, localidade pertencente à freguesia louletana de Salir, recebe os afamados Manjares Serranos, aos quais surge associado o Festival de Folclore da Serra do Caldeirão.

 

Os mais genuínos manjares, aliados ao tradicional folclore nacional, é aquilo que se poderá encontrar na Cortelha nos dias 6 e 7 de Agosto. 

A aldeia da Cortelha, situada em pleno interior do Concelho de Loulé, conhecida pela arte de bem receber, reaviva a 6 e 7 de Agosto os mais genuínos sabores da cozinha típica serrana, com a realização dos deliciosos Manjares Serranos, que já vão na sua 11ª edição.

A Associação dos Amigos da Cortelha, organizadora do evento, pretende assim promover aquilo que de mais genuíno tem a sua localidade, conjugando-a, no mesmo fim-de-semana, com o também tradicional Festival de Folclore da Serra do Caldeirão, que na sua 8ª edição reunirá em palco grupos folclóricos representastes de várias regiões do país. 

Este duplo evento, que tem sido de sucesso em anos anteriores, dá a provar aos inúmeros forasteiros a tradicional orelha de porco, o chouriço e presunto caseiro, o galo guisado, borrego ou javali e as famosas papas de milho, acompanhados de vasta doçaria regional algarvia e da aguardente de medronho. 

Para além de se degustarem sabores por muitos já esquecidos, toda a envolvência da festa possibilita ainda reviver a vida, as tradições e os costumes das gentes originárias desta zona serrana do Algarve, bem ilustrados na acolhedora aldeia da Cortelha. 

A noite de Sábado estará entregue ao 8º Festival de Folclore da Serra do Caldeirão, onde para além do Grupo Etnográfico da serra do Caldeirão – Cortelha, poderemos apreciar o Grupo de Danças e Cantares Besclore de Lisboa, o Rancho Folclórico de Vila Nova do Coito – Santarém, e o Rancho Folclórico “As Cerejeiras de Fetais” – Sobral Monte Agraço e o Antakya Belediyesi Folk Dance Group – Turquia, que certamente demonstrarão em palco as características mais genuínas da sua região. O Baile será abrilhantado pelo acordeonista Gonçalo Tardão. 

Domingo será dia de música tradicional com o Grupo “Cante Andarilho” e para terminar, o tradicional Baile Serrano abrilhantado por o Grupo Sons do Sul. 

Manjares e Folclore serão assim cabeças de cartaz numa iniciativa que ganha a cada ano novos públicos e que já conquistou o seu espaço no seio das iniciativas de cariz cultural promovidas na região. Será por certo um fim-de-semana de muita animação onde a Cortelha presenteará os inúmeros visitantes com um magnífico Festival de Sabores e Sonoridades. 

Os Manjares Serranos e o Festival de Folclore da Serra do Caldeirão têm entrada livre e são uma organização da Associação dos Amigos da Cortelha, com o apoio da Câmara Municipal de Loulé, da Junta de Freguesia de Salir, do Turismo do Algarve, do INATEL e da Escola Integrada de Salir.

02
Ago11

O que os algarvios comem (X) - Jantar ou cozido de milhos

Lígia Laginha

 

 

Bom dia caros visitantes do "Marafações de uma Louletana".

 

Voltamos a falar dos petiscos algarvios e hoje o prato seleccionado é bem tipico do interior do Concelho de Loulé e chama-se Jantar ou Cozido de Milhos. Então aqui fica a receita:

 

Ingredientes:

 

1 kg de Milho amarelo em grão

1 Pé de porco (chispe)

1 Orelha de porco

Um bocado de faceira

e de focinho

20 grs. de Toucinho

2 Cravinhos

Sal q.b.

Pimenta em grão q.b.

Cinzas q.b.

 

Preparação:

 

Põe-se o milho de molho de um dia para o outro. No dia seguinte deitam-se os milhos numa panela, cobrem-se com água fria e cinzas (de preferência cinzas de figueira). Deixa-se o milho ferver até se poder retirar o «olho preto» dos mesmos. Escorrem-se e lavam-se os milhos esfregando-os e mudando as águas até largarem o referido «olho preto». Depois de bem lavados deitam-se os milhos novamente na panela, cobrem-se com água e juntam-se-lhes as carnes de porco preparadas, o toucinho, os cravinhos e os grãos de pimenta. Deixam-se cozer. Os milhos abrem e servem-se numa travessa com as carnes.

 

Nota:

 

1. Como a preparação dos milhos de forma tradicional é algo complexo, actualmente já se pode comprar milho previamente preparado para o efeito.

 

2. Bon apetit!

 

27
Jul11

Artesanato do Concelho de Loulé (II) - Os bonecos de trapo de Filipa Faísca

Lígia Laginha

 

 

Bom dia caros visitantes do "Marafações de uma Louletana".

 

Filipa Faísca, uma octogenária natural de Querença, distinguem-se, entre outras vertentes, pela confecção de bonecos que trapo. Mas estes bonecos de trapo não são uns bonecos quaisquer. São antes de mais figuras representativas do mundo rural algarvio, aludindo às tarefas desempenhadas pelas pessoas do interior. Assim, salientam-se bonecos com a ceifeira, a apanhadora de alfarroba, o apanhador de medronhos, a fiadeira, entre outros. Presença habitual nas feiras de artesanato, Filipa Faísca de Sousa é também poetisa e intérprete de contos tradicionais. Dedica-se de corpo e alma aos seus bonecos de trapo e coloca nos mesmos um pouco da etnografia do Concelho de Loulé, tendo em conta os pormenores do vestuário, dos instrumentos de trabalho e até da maquilhagem. Os bonecos de Filipa Faísca atraem bastante os estrangeiros e podemos dizer que esta humilde senhora é já uma referência no mundo cultural louletano. Os seus bonecos vendem-se também no Posto de Turismo de Querença e pode ser adquiridos a partir da módica quantia de 13 euros.

 

Nota:

 

1. Aqui fica o contacto desta artesã para os interessados: Morada: Borno - 8100 - 113 Querença, Loulé / Telefone: 289422359


22
Jul11

O que os algarvios comem (VIII) - Carapaus alimados

Lígia Laginha

 

 

Bom dia caros visitantes do "Marafações de uma Louletana".

 

Hoje voltamos à comidinha e a marafada seleccionou um prato bem típico das regiões algarvias: carapaus alimados. Confesso que não é dos meus manjares preferidos mas a fama dos carapaus alimados transpõe as fronteiras e é já internacional. Então aqui fica a receita:

 

Ingredientes:
Para 4 pessoas

  • 800 grs de carapaus médios ou pequenos ;
  • 2 dl de azeite ;
  • 1 dl de vinagre ;
  • 100 grs de cebolas ;
  • 2 dentes de alho ;
  • 1 molho de salsa ;
  • sal grosso q.b.

Confecção:

Amanhe os carapaus em cru, tirando-lhes a serrilha, a espinha do umbigo, as tripas e a cabeça. Lave-os bem em água. Em seguida, salgam-se, utilizando o sal grosso, colocando os carapaus em camadas alternadas com sal.
Deixe repousar cerca de 24 horas. Retire o sal aos carapaus e lave-os em água fria.
Leve um tacho com água ao lume. Deite dentro os carapaus e deixe cozer. Depois de cozidos, metem-se em água fria. Limpe as peles, as escamas e algumas espinhas da barriga, ficando com uma carne dura e de bom aspecto.
Coloque os carapaus na travessa onde vão ser servidos, regue com azeite, alho picado, cebola descascada e cortada ás rodelas e o vinagre. Polvilhe com salsa picada.

 

Nota:

 

1. Os carapaus a utilizar deverão ser do tamanho médio e bem frescos. Há pessoas que, no momento de temperar os carapaus, adicionam tomate maduro, cortado ás rodelas.

 

13
Jul11

Feira Popular em Loulé

Lígia Laginha

 

 

Bom dia caros visitantes do "Marafações de uma Louletana".

 

Hoje tem inicio em Loulé a XX Feira de Artesanato, este ano com a designação de Feira Popular buscando inspiração nos festejos que decorreram na Quinta do Pombal (hoje Parque Municipal de Loulé) em 1946 e 1952.

Uma aposta num modelo mais genuíno de forma a diferenciar-se das inúmeras feiras e festas que por esta altura do ano acontecem um pouco por todo o lado. A entrada é livre o recinto funciona diariamente das 20h00 às 00h00.

A ideia é recuperar o sentido de entretenimento para toda a família, nas noites quentes de Verão e para tal foi dada especial atenção ao público mais jovem que tem direito ao “fantástico” carrossel, mas também a fitas do “Noddy” no cinema ao ar livre que procurará reviver as antigas salas de cinema. Na mesma tela, e para adultos e crianças, vão passar as antigas comédias portuguesas como “A Canção de Lisboa”, “O Leão da Estrela”, “Os Três da Vida Airada” ou a “Aldeia da Roupa Branca”.

Os mimos para os mais pequenos contam também com um espaço para jogos tradicionais, teatro de fantoches, oficina de música, marionetas, trabalhos manuais e culinária, jogos didáticos e parede de escalada ou performances, entre outras atividades, especifica a organização, a cargo do município de Loulé.

Para fazer a diferença, as bancas de venda de artesanato, livros, plantas, produtos agroalimentares, vão ter um design especial, para criar um ambiente “de outros tempos”

E não poderiam faltar as tasquinhas de comes e bebes onde se poderão provar sabores tradicionais.

Também o programa musical revela o cunho da cultura popular, com a Noite de Fado Amador marcada para o dia 17 julho (22h00), enquanto o Festival de Folclore decorre a 16 julho, a partir das 21h00, integrado nas comemorações do aniversário do Rancho Folclórico Infantil e Juvenil de Loulé.

Participam o Rancho Infantil e Juvenil de Loulé, Grupo Folclórico e Cultural da Boa Vista (Portalegre), Grupo Folclórico As Ceifeira de S. Martinho de Fajões (Oliveira de Azeméis), Rancho Folclórico Infantil de Vila Nova de Erra (Coruche), Grupo Coral de Alvito, Grupo Musical de Santa Maria (Faro) e o Rancho Folclórico do Montenegro.

No dia de abertura da feira a 13 julho a animação está a cargo da música folk dos Musicalbi, no dia seguinte actua o cantautor Luis Galrito e no dia 15 a partir das 21h00 pode dar-se um pezinho de dança no baile com Mário Neves.

A Feira Popular irá decorrer até Domingo no Largo do Tribunal de Loulé.

 

Nota:

 

1. Juntem-se a nós louletanos nesta que é uma feira de sabores, saberes e tradições.

07
Jul11

O que os algarvios comem (VII) - Xerém com conquilhas

Lígia Laginha

 

 

Bom dia caros visitantes do "Marafações de uma Louletana".

 

Hoje voltamos à paparoca e a marafada traz-vos a receita do seu manjar preferido: xerém. O xerém são papas de milho e no Algarve este prato conhece inúmeras combinações. Assim, as papas de milho podem ser feitas com conquilhas,amêijoas, sardinhas, ervilhas, camarão etc., etc... Eu prefiro-as simples, sem nada para além de umas rodelas de chouriça e um bocadinhos de pão frito, mas a maioria dos marafados optam por lhes adicionar algum daqueles compotenentes que referi. 

Assim sendo, optei por trazer a receita de xerém com conquilhas por ser um dos concorrentes finalistas às sete maravilhas gastronómicas de Portugal.

 

Ingredientes:
Para 4 pessoas

  • 1 kg de conquilhas ;
  • 100 grs de toucinho fumado ;
  • 100 grs de chouriço ;
  • 200 grs de farinha de milho ;
  • sal q.b.

Confecção:

Numa tigela lave as conquilhas, em água fria, a fim de as libertar de impurezas que possam conter. Em seguida, cubra-as com água do mar, cerca de 4 a 5 horas. No caso de não ter acesso a água do mar, utilize água doce temperada com sal.
Corte o toucinho em tiras pequenas e o chouriço ás rodelas.
Frite-os numa frigideira, em lume brando.
Retire as conquilhas da água. Coza-as num tacho, cobertas de água, cerca de 8 a 10 minutos.
Escorra o líquido onde as cozeu, tendo o cuidado de o passar por um passador fino. Tire o miolo das conquilhas. Deite este num tacho, junte o caldo da cozedura e leve ao lume, deixando ferver um pouco.
Peneire a farinha com a ajuda duma peneira.
Retire o tacho e, fora do lume, adicione a farinha para não encaroçar.
Leve novamente ao lume e deixe cozer, mexendo de vez em quando. Junte as carnes e sirva bem quente.

 

Nota:

 

1. Experimentem mas não garanto que fiquem logo boas à primeira porque fazer o xerém, nome árabe das papas de milho, é algo que requer uma arte própria que se vai aprendendo e aprefeiçoando ao longo dos tempos. 

 

2. Saliento também que em certas regiões do Algarve as papas de milho são confeccionadas de forma simples e depois adicionam-lhe açucar o que as torna numa espécie de doce óptimo para comer à sobremesa.