O Museu Municipal de Arqueologia de Loulé e o Dia Internacional dos Museus

Bom dia caros visitantes do "Marafações de uma Louletana".
E porque hoje se comemora o Dia Internacional dos Museus, a marafada decidiu falar um bocadinho do Museu Municipal de Arqueologia de Loulé e dar a conhecer o programa que desenvolveu para celebrar a referida efeméride.
Assim sendo:
O Museu Municipal de Arqueologia de Loulé é um projecto que tem como objectivo salvaguardar e divulgar o património arqueológico do concelho. Situado em pleno Centro Histórico , encontra-se instalado na antiga Alcaidaria, edifício adossado a um importante tramo da muralha da cidade. Contribuindo para a sua revitalização e imprimindo-lhe uma nova dinâmica, a construção que remonta ao século XIV, viu nascer nas salas do piso térreo um espaço museológico, que integra uma série de elementos arquitectónicos e técnicas construtivas representativas da longa diacronia do local.
Numa primeira etapa, o Museu abre ao público a 25 de Maio de 1995, com projecto de arquitectura e museografia da autoria de Mário Varela Gomes, exibindo uma colecção de materiais resultantes de doações, recolhas de superfície e escavações arqueológicas. Quatro anos depois, a 16 de Dezembro de 1999, sofre uma ampliação, estendendo-se actualmente por três salas. Assim, fruto do esforço e apoio que a Autarquia tem vindo a desenvolver a nível da investigação arqueológica, cabe salientar o trabalho de conservação e restauro das técnicas de museografia, da arqueóloga, bem como a colaboração científica de Helena Catarino.
As Salas de Exposição:
A Sala 1 acolhe os visitantes com uma pequena recepção, onde também se podem adquirir publicações referentes a temas do concelho e da região, a revista do Arquivo Histórico Municipal e réplicas de algumas peças arqueológicas em exposição.
Como início de viagem através dos testemunhos do passado do concelho propõe-se a observação de um mapa com a localização geográfica das diversas proveniências de todos os artefactos expostos.
Seguidamente, um esquema simplificado sobre a evolução do Homem abre caminho para o espólio ilustrativo de várias fases da Pré e Proto-História. Dos seixos e lascas grosseiramente talhados do Paleolítico (Vitrine 1) passamos aos artefactos em pedra polida e às primeiras mós destinadas à transformação de gramíneas, do Neolítico.
Ainda na Vitrine 2 destaca-se uma placa de xisto (figura 2), objecto votivo ligado ao culto funerário tão característico de uma das fases da cultura megalítica do sul do país.
A terceira vitrine mostra fragmentos e exemplares de formas cerâmicas primitivas, feitas à mão e apenas secas ao sol, destacando-se os três recipientes inteiros pertencentes ao espólio funerário de sepulturas calcolíticas. Pode ainda observar-se uma pulseira em cobre, testemunho da descoberta da utilização deste metal, no período Calcolítico.
A Idade do Ferro está representada por 4 estelas funerárias com escrita do sudoeste, típicas da sua fase mais tardia (2ª Idade do Ferro).