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Marafações de uma Louletana

Blog sobre Loulé e as suas gentes

Blog sobre Loulé e as suas gentes

Marafações de uma Louletana

31
Jul11

A Praia do Ancão

Lígia Laginha

 

 

Bom dia caros visitantes do "Marafações de uma Louletana".

 

Mais uma vez vamos até à praia e hoje a eleita é a Praia do Ancão.

 

A Praia do Ancão situa-se no extremo Poente do sistema lagunar da Ria Formosa, na zona limite do Parque Natural. É a praia mais isolada do Concelho, apresentando um amplo areal no sentido longitudinal com zonas propícias a uma maior privacidade. Esta praia é envolvida por um extenso cordão de dunas associado a uma zona húmida com características de sapal, a Nascente. Principalmente na maré-cheia, são notórias as áreas alagadiças que se encharcam, cobertas pela típica vegetação de sapal. Para trás fica o bosque de pinheiros mansos que coroa as arribas baixas de cores rubras, onde se avistam frequentemente coelhos e as inconfundíveis pegas-azuis. A tranquilidade e a riqueza da fauna e flora também convidam a longos passeios de descontracção, sendo possível apreciar uma grande diversidade de espécies características de zonas dunares, de sapal e da orla litoral.

A praia é vigiada e concessionada, tem aluguer de toldos e desportos náuticos não motorizados. Os apoios de praia existentes, bem integrados na paisagem, possuem valências de bar/restaurante e serviços complementares. Os quatro acessos ao areal são efectuados através de passadeiras em madeira que servem simultaneamente as referidas infraestruturas de apoio.

 

Nota:

 

1. Circule pelos passadiços de modo a contribuir para a preservação do sistema dunar.

 

29
Jul11

17.º Festival Internacional de Jazz de Loulé

Lígia Laginha

 

 

Bom dia caros visitantes do "Marafações de uma Louletana".

 

Começou ontem a 17ª edição do Festival Internacional de Jazz de Loulé, um dos mais consagrados certames nacionais de jazz, apresenta-se com formato renovado e sob a direcção artística de Mário Laginha. De 28 a 30 de Julho, a cidade de Loulé acolhe três grandes projectos de referência no mundo do jazz, com a organização a cargo da Casa da Cultura de Loulé, e apoio da Câmara Municipal de Loulé.

Os concertos têm início às 22h00, na Cerca do Convento Espírito Santo.

 

Aqui fica o programa:

 

28 Jul 11 22:00MARIA JOÃO E ORQUESTRA DE JAZZ DE MATOSINHOS

 

29 Julho 22:00RICHARD GALLIANO GROUP

 

30 Julho 22:00AARON PARKS QUARTET

 

Nota:

 

Preço dos bilhetes díários: 8 euros (sócios da Casa da Cultura de Loulé) e 10 euros.

Os bilhetes podem ser adquiridos ou reservados na Casa da Cultura de Loulé, para o e-mailccloule@ccloule.com ou por telefone através do número 289415860.


28
Jul11

Presidentes da Câmara Municipal de Loulé (III) - José da Costa Guerreiro

Lígia Laginha

 

 

Bom dia caros visitantes do "Marafações de uma Louletana".

 

Hoje voltamos a falar dos Presidentes da nossa edilidade e o visado é José da Costa Guerreiro.

 

Surge como Presidente da Comissão Administrativa nomeado a 23 de Outubro de 1935. Durante a sua longa presidência (de dez anos e alguns meses) várias foram as iniciativas políticas a destacar, entre elas a ampliação do Cemitério Municipal, a solicitação de uma Escola de Artes e Ofícios, a criação de um Centro de Saúde, a revisão dos vencimentos do pessoal do quadro e a regulação dos horários dos estabelecimentos de venda ao público. Verificou-se o desenvolvimento da vila e das regiões costeiras, especialmente Quarteira. Aprovou-se ainda, o regulamento da Corporação de Bombeiros de Loulé e procedeu-se à classificação da Igreja Paroquial de Almancil como Monumento Nacional. No Salão Nobre, em 7 de Abril de 1937, procedeu-se à apresentação das fotos oficiais de Marçal Pacheco e José Mendes Cabeçadas Júnior. Na decorrência das suas funções, José da Costa Guerreiro foi substituído por José Cláudio da Silva Mendes, em Março de 1938, e anunciou o seu afastamento em 25 de Janeiro de 1945. Como reconhecimento do mérito e do trabalho que realizou para o desenvolvimento do Concelho de Loulé, foi agraciado com as insígnias de Oficial da Ordem de Cristo (sessão de 30 de Dezembro de 1946).

Começou, como Vereador, a servir o Presidente da Câmara a 12 de Setembro de 1951, e surge na acta de 20 de Novembro desse mesmo ano como Presidente da Câmara. Mais uma vez à frente dos destinos do Concelho, de entre as obras projectadas e inauguradas no seu tempo destacam-se a classificação de "imóvel de interesse público" dada à Capela de Nossa Senhora da Conceição, a construção, iluminação e inauguração do Monumento em homenagem a Duarte Pacheco e a inauguração do Monumento ao Doutor Cândido Guerreiro, em Alte. A nível da educação é de referir os cursos nocturnos para adultos em povoações do Concelho. Com o aumento do tráfego rodoviário surgem medidas que o regulamentam, tanto em Loulé como em Quarteira, e procedeu-se à construção de uma Estação de Camionagem. Foi construído um bairro de casas económicas. A última sessão a que presidiu ocorreu a 5 de Janeiro de 1956.

 

27
Jul11

Artesanato do Concelho de Loulé (II) - Os bonecos de trapo de Filipa Faísca

Lígia Laginha

 

 

Bom dia caros visitantes do "Marafações de uma Louletana".

 

Filipa Faísca, uma octogenária natural de Querença, distinguem-se, entre outras vertentes, pela confecção de bonecos que trapo. Mas estes bonecos de trapo não são uns bonecos quaisquer. São antes de mais figuras representativas do mundo rural algarvio, aludindo às tarefas desempenhadas pelas pessoas do interior. Assim, salientam-se bonecos com a ceifeira, a apanhadora de alfarroba, o apanhador de medronhos, a fiadeira, entre outros. Presença habitual nas feiras de artesanato, Filipa Faísca de Sousa é também poetisa e intérprete de contos tradicionais. Dedica-se de corpo e alma aos seus bonecos de trapo e coloca nos mesmos um pouco da etnografia do Concelho de Loulé, tendo em conta os pormenores do vestuário, dos instrumentos de trabalho e até da maquilhagem. Os bonecos de Filipa Faísca atraem bastante os estrangeiros e podemos dizer que esta humilde senhora é já uma referência no mundo cultural louletano. Os seus bonecos vendem-se também no Posto de Turismo de Querença e pode ser adquiridos a partir da módica quantia de 13 euros.

 

Nota:

 

1. Aqui fica o contacto desta artesã para os interessados: Morada: Borno - 8100 - 113 Querença, Loulé / Telefone: 289422359


26
Jul11

O que os algarvios comem (IX) - Guisado de Galo Caseiro (à moda de Querença)

Lígia Laginha

 

 

Bom dia caros visitantes do "Marafações de uma Louletana".

 

Hoje trago-vos um prato tipico do interior algarvio: Galo guisado com batatas.

 

Ingredientes:

 

1 Galo com 5 Kg aprox.

3 Kg de Batatas

750 grs. de Cebola

250 grs. de Toucinho de porco preto

1,5 dl de Vinho tinto caseiro

10 Cabeças de cravinho inteiro

5 Raminhos de salsa

3 Colheres de azeite

2 Tomates médios

2 Cabeças de alho

2 Folhas de louro

2 Malaguetas

Um pouco de noz-moscada

Sangue do galo misturado com 3 colheres de água e 3 colheres de vinagre

Pimentão-doce q.b.

Sal q.b.

 

Preparação:

 

Corta-se o galo aos bocados e põe-se de conserva no vinho caseiro cerca de 1 hora. Misturam-se na conserva 1 cabeça de alhos descascados e cortados aos bocados, louro, cominhos, noz-moscada, 1 carteira pequena de pimentão-doce, cabeças de cravinho, malaguetas e sal.

Num tacho de barro faz-se um frito com o toucinho, deixando-se fritar bem, retirando-o depois. Junta-se o azeite e a outra cabeça de alhos, a cebola, o resto do pimentão-doce e a salsa e deixa-se aloirar tudo muito bem. Depois junta-se o galo, dando-se voltas para o misturar com o preparado. Começa a criar água. Quando esta tiver evaporado, para não queimar, vai-se adicionando, aos poucos, mais água, até o galo estar cozido.

Quando a carne começar a desligar-se do osso da perna, põem-se as batatas, cobrindo-as com água. Deixa-se cozer tudo lentamente. Depois de cozido adiciona-se o sangue do galo mexendo suavemente.

 

Nota:

 

1. O galo deve ser mesmo caseiro. É de comer e chorar por mais!

 

26
Jul11

A Praia de Vale do Lobo

Lígia Laginha

 

 

Bom dia caros visitantes do "Marafações de uma Louletana".

 

Em plena época balnear hoje vamos até à praia de Vale do Lobo.

 

A Praia de Vale do Lobo, internacionalmente conhecida, possui como imagem de marca as arribas ocres e rubras, macias e vulneráveis ao contacto das águas, que lhe confere uma beleza acrescida. É uma praia envolvida pelo complexo turístico de alta qualidade com reflexos directos no seu uso balnear. O turista tem ao dispor uma vasta oferta de serviços e facilidades, como bares, esplanadas, instalações sanitárias (incluindo deficientes) e estacionamento ordenado na periferia. A zona balnear é vigiada e tem concessão de toldos e desportos náuticos motorizados. Na área de Vale do Lobo, realizam-se periodicamente muitos eventos musicais e de arte. A prática desportiva, é encabeçada pelo golfe e pelo ténis, existindo também a possibilidade de realizar agradáveis passeios por entre pinhais e espaços ajardinados bem cuidados.

 

Nota:

 

É muito importante respeitar as distâncias de segurança na crista e na base das arribas.

 

25
Jul11

Freguesias do Concelho de Loulé (III) - Ameixial

Lígia Laginha

 

 

 

Bom dia caros visitantes do "Marafações de uma Louletana".

 

Hoje vamos até ao Ameixial, talvez a freguesia mais serrana do Concelho de Loulé.

 

Ameixial é uma freguesia serrana, na partilha com o Alentejo, situada a cerca de meia centena de quilómetros da sede do concelho. Possui belos montados, abundantes colmeias e caracteriza-se pela sua ruralidade e por uma agricultura de subsistência, própria da Serra do Caldeirão, onde não falta também o artesanato local. 

O clima é demasiado frio no Inverno e demasiado quente no Verão. Do centro da aldeia do Ameixial, avistam-se a torre de Beja e uma grande quantidade de montes e vales, ricos em cortiça e em caça. Também a ovinicultura, a caprinicultura e a apicultura caracterizam grande parte da sua área geográfica. 

Uma referência que distingue o Ameixial é, sem dúvida, o miradouro da Serra do Caldeirão que nos proporciona uma paisagem sem igual, bem como o tipicismo do casario que compõe a aldeia, um das mais típicas da região algarvia e até do país, onde anualmente se realizam diversas festas, mercados e uma feira, e onde se destaca a festa da passagem do ano. As suas gentes são acolhedoras e mestras na arte de bem receber.

 

Nota:

 

1. Se forem até ao Ameixial tenham muito cuidado com as curvas!

 

24
Jul11

A Praia de Quarteira

Lígia Laginha

 

 

Bom dia caros visitantes do "Marafações de uma Louletana".

 

Hoje voltamos a falar das lindas praias que compõem o nosso Concelho. E a ilustre contemplada é a Praia de Quarteira.

 

A zona balnear de Quarteira é um grande centro turístico associado a uma frente urbana com um uso intensivo, sendo muito procurada a nível nacional sobretudo durante o Verão.

Delimitada por esporões de defesa costeira e com acessibilidade e mobilidade para todos (acessos ao areal por rampas), a praia é vigiada e tem amplos espaços para o público e uma extensa área concessionada para toldos. A gestão e segurança da praia são adequadas à grande multiplicidade de usos distintos e existem estruturas e entidades vocacionadas para a animação e informação ao cidadão. Apresenta uma vasta oferta turística e cultural, sustentada por unidades hoteleiras de qualidade e espaços de lazer apelativos, beneficiando das facilidades ao nível de serviços e comércio que a Cidade de Quarteira proporciona.

A extensa Avenida marginal em calçada portuguesa (conhecida como Calçadão) que acompanha a área de praia, é destinada a uso pedonal o que convida a longos passeios e a momentos de descontracção e lazer, já que possui diversos equipamentos de apoio com esplanadas e muita animação durante a época balnear.

 

Nota:

 

1. Bons mergulhos!

 

23
Jul11

Ilustres Louletanos (XIV) - Júlio Guerreiro

Lígia Laginha

 

 

 

 

 

Bom dia caros visitantes do "Marafações de uma Louletana".

 

Ontem faleceu Júlio Guerreiro, um dos nomes indissociáveis da organização do Carnaval de Loulé e figura de destaque da vida associativa do concelho.

Mais conhecido por Júlio Cachola, nascido em Almancil, a 2 de Janeiro de 1944, Júlio Guerreiro chegou à Câmara Municipal de Loulé no início da década de 80, na qualidade de responsável pela Comissão de Festas, para tomar as rédeas da organização do Carnaval e de muitas outras festividades.

 

À frente do Serviço de Animação foi protagonista do novo rumo que o corso louletano tomou após a sua profissionalização. Foi também responsável pela criação da Festa da Alegria e do Carnaval de Verão, pela realização de diversos espectáculos musicais que marcaram a vida da cidade e do concelho, sobretudo nos anos 90, pelo desfile das Marchas Populares de Quarteira e pelo programa das festas da Mãe Soberana.

 

Durante a sua vida dedicou-se também ao movimento associativo do Concelho, nomeadamente ao Ciclismo, que foi uma das suas grandes paixões. Exerceu cargos directivos em diversas instituições desportivas e recreativas do concelho e da região, com destaque para o Louletano Desportos Clube.

 

De relevo foi também o seu papel como comunicador e jornalista, tendo colaborado com diversos meios de comunicação social nacionais e regionais, da rádio à imprensa escrita, passando também pela televisão.

 

Pelo seu carisma, pela participação activa na vida comunitária e pelo empenho nas causas em que acreditava, Júlio Guerreiro marcou também a própria história local.

 

Nota:

 

1. O corpo de Júlio Guerreiro vai estar em câmara ardente, na Igreja de Santana, na próxima segunda-feira, 25 de Julho, a partir das 17h00, e no dia seguinte será cremado. 

 

 

22
Jul11

O que os algarvios comem (VIII) - Carapaus alimados

Lígia Laginha

 

 

Bom dia caros visitantes do "Marafações de uma Louletana".

 

Hoje voltamos à comidinha e a marafada seleccionou um prato bem típico das regiões algarvias: carapaus alimados. Confesso que não é dos meus manjares preferidos mas a fama dos carapaus alimados transpõe as fronteiras e é já internacional. Então aqui fica a receita:

 

Ingredientes:
Para 4 pessoas

  • 800 grs de carapaus médios ou pequenos ;
  • 2 dl de azeite ;
  • 1 dl de vinagre ;
  • 100 grs de cebolas ;
  • 2 dentes de alho ;
  • 1 molho de salsa ;
  • sal grosso q.b.

Confecção:

Amanhe os carapaus em cru, tirando-lhes a serrilha, a espinha do umbigo, as tripas e a cabeça. Lave-os bem em água. Em seguida, salgam-se, utilizando o sal grosso, colocando os carapaus em camadas alternadas com sal.
Deixe repousar cerca de 24 horas. Retire o sal aos carapaus e lave-os em água fria.
Leve um tacho com água ao lume. Deite dentro os carapaus e deixe cozer. Depois de cozidos, metem-se em água fria. Limpe as peles, as escamas e algumas espinhas da barriga, ficando com uma carne dura e de bom aspecto.
Coloque os carapaus na travessa onde vão ser servidos, regue com azeite, alho picado, cebola descascada e cortada ás rodelas e o vinagre. Polvilhe com salsa picada.

 

Nota:

 

1. Os carapaus a utilizar deverão ser do tamanho médio e bem frescos. Há pessoas que, no momento de temperar os carapaus, adicionam tomate maduro, cortado ás rodelas.

 

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