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Marafações de uma Louletana

Blog sobre Loulé e as suas gentes

Blog sobre Loulé e as suas gentes

Marafações de uma Louletana

30
Jun11

Horizontes do Futuro com Eunice Muñoz

Lígia Laginha

 

 

Bom dia caros visitantes do "Marafações de uma Louletana".

 

Hoje, pelas 21h30, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, Loulé recebe Eunice Munõz, uma das mais prestigiadas actrizes portuguesas de todos os tempos. Eunice Munõz irá dar uma conferência inserida no ciclo "Horizontes do Futuro" cujo tema será "Uma vida dedicada ao teatro". Nesta apresentação a actriz irá falar sobre a sua vivência em cima do palco, ao longo de mais de sete décadas, partilhando com o público momentos únicos na sua carreira e fazendo também uma reflexão sobre a importância das Artes e o seu futuro no contexto nacional. 

 

"Eunice do Carmo Muñoz nasceu a 30 de Julho de 1928, na Amareleja, freguesia do concelho de Mora. Aos cinco anos, começa a encarar o público na pequena companhia teatral ambulante da sua família. Muda-se para Lisboa com os pais e o irmão, Hernâni, e frequenta o Colégio Peninsular. Descobre, finalmente, a cidade que tanto a fascinava e com que tanto havia sonhado. 

Aos 13 anos consegue o primeiro papel no teatro profissional. Estreia-se a 28 de Novembro em Vendaval, de Virgínia Vitorino, na maior e mais prestigiada companhia daqueles tempos: a Companhia de Teatro Rey Colaço-Robles Monteiro, sediada no Teatro Nacional D. Maria II. O seu talento é reconhecido por muitos, como Palmira Bastos, Raul de Carvalho, João Villaret e Amélia Rey Colaço, a quem chamaria “a mestra do seu coração”. 

Ingressa no Conservatório Nacional de Teatro, em 1942, onde se cruza com nomes como Maria Matos, Alves da Cunha ou Rui Pacheco. 

Com apenas 15 anos, representa Maria, em Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett, encenado por Amélia Rey Colaço para a sua companhia, e ao lado de Raul de Carvalho e João Villaret. 

No Verão de 1944, deixa o Teatro Nacional e dedica-se à comédia sentimental, à farsa e à opereta, no Teatro Variedades, no Parque Mayer, onde se popularizou, com Vasco Santana e Mirita Casimiro, na peça Chuva de filhos, de Margaret Mayo. Na manhã do dia de estreia, presta provas no Conservatório, com cenas do 2º acto de Vivette, que termina com 18 valores. 

A sua estreia no cinema acontece em 46, no filme de Leitão de Barros, Camões, onde interpretou Beatriz da Silva, o principal papel feminino. Por esta interpretação ganha o prémio do SNI (Secretariado Nacional de Informação) para a Melhor Actriz Cinematográfica do Ano. A estreia quase simultânea de Um homem do Ribatejo, de Henrique Campos, veio cimentar a aclamação do público e da crítica. 

Regressa ao Teatro Nacional mas, com apenas 23 anos e 10 de carreira, abandona os ensaios de A luz do gás, encenado por Robles Monteiro, e afasta-se voluntariamente do teatro. Chega ainda a trabalhar na loja de cortiças da Rua da Escola Politécnica, fundada pelo conhecido “Mr.” Cork, seguida de uma incursão numa empresa de cabos eléctricos, onde foi secretária de direcção. As muitas solicitações fazem-na regressar aos palcos quatro anos depois. 

O seu regresso ao teatro, em 1955, é triunfal na interpretação que faz de Joana d'Arc, uma adaptação da peça de Jean Anouilh, L’Alouette, no palco do Teatro Avenida. 

Ao longo da sua gloriosa carreira passou por várias companhias teatrais, interpretando obras dos mais importantes autores de todos os tempos como Shakespeare, Tenesse Williams, Bernardo Santareno, José Régio, entre muitos outros. 

Em 1972 volta a deixar os palcos, dedicando-se a pequenos trabalhos na televisão e a gravar discos de poesia de Florbela Espanca e Soror Mariana. E, em 76, após a Revolução de Abril, volta a pisar o palco num espectáculo de Vasco Morgado – Equus, amargura para um cavalo, de Peter Shaffer. A sua ausência havia sido sentida por um público ávido de grandes interpretações. 

Na celebração dos 50 anos de carreira (1991), realiza-se uma exposição no Museu Nacional do Teatro, coordenada por Vítor Pavão dos Santos. 

É condecorada no palco do Teatro Nacional Dona Maria II, pelo Presidente da República, Mário Soares. 

Protagoniza vários filmes e telenovelas, como A banqueira do povo (1993), de Walter Avancini, que deixa marcas indeléveis e é considerada uma das maiores interpretações na televisão em Portugal. 

Em 2003, é homenageada pelo Teatro Municipal São Luiz, no ciclo de Grandes Actores, em Eunice, nome de actriz/ Palco e vida, com guião e encenação de Vítor Pavão dos Santos. 

Em 2006, representa, pela primeira vez, na casa que tem o seu nome, o Auditório Municipal Eunice Muñoz, antigo Cine-Teatro de Oeiras. A peça é Miss Daisy, de Alfred Uhry, encenada por Celso Cleto. A 20 de Julho é homenageada pelo Teatro da Trindade, por ocasião da centésima representação de Miss Daisy. 

Em 2008 é-lhe atribuído o Prémio Voz e, em Maio, é agraciada com o Globo de Ouro de Mérito e Excelência (SIC). 

A 3 de Julho de 2009, é distinguida com o grau de Doutor Honoris Causa, pela Universidade de Évora. 

Recebeu os mais prestigiados prémios, como: Prémio de Popularidade da revista Rádio e Televisão (1960/62); Prémio de Melhor Actriz, pelo SNI (1963); Prémio da Imprensa para a Melhor Actriz de Teatro Declamado (1964); Troféu "Nova Gente" para a Melhor Actriz de Teatro Declamado (1983); prémios Nova Gente e Se7e de Ouro (1984/85); Prémio Garrett para a Melhor Actriz (1986); prémio Se7e de Ouro para a Melhor Interpretação Feminina (1988); entre outros."

 

Nota:

 

1. Não percam!

 

29
Jun11

Ilustres Louletanos (X) - Catarina Farrajota

Lígia Laginha

 

 

Bom dia caros visitantes do "Marafações de uma Louletana",

 

Há poucos dias faleceu uma ilustre louletana de seu nome Catarina do Carmo Pinto Farrajota, mais conhecida por "Dona Catrixa", apelido que os louletanos lhe atribuiram com carinho.

 

Catarina do Carmo Pinto Farrajota nasceu a 16 de Março de 1923 em Santa Bárbarade Nexe.

Frequentou o curso dos Liceus no Colégio Parisiense em Lisboa.

Terminado o Curso do Liceus entrou para a Escola Técnica de Enfermeiras do Instituto Português de Oncologia tendo terminado o curso de enfermagem Geral e de Saúde Pública em 31 de Julho de 1945.

No ano seguinte trabalhou no Instituto Português de Oncologia.

Manteve-se em Lisboa até 1948, altura em que regressa ao Algarve e é convidada por Maria José Cabeçadas de Ataíde Ferreira, fundadora da Casa da Primeira Infância, que se retirava para Lisboa, para a substituir na Direcção da referida Instituição.

Em 1976 é convidada a presidir a Comissão Administrativa nomeada para assegurar o funcionamento da Santa Casa da Misericórdia de Loulé.

Em 1977 é eleita provedora da Santa Casa da Misericórdia de Loulé, lugar que ocupou durante vários anos.

Em 1997 foi agraciada com a Medalha Municipal de Mérito Grau de Prata.

Até há data da sua morte, a Dona Catrixa foi sempre uma mulher de espírito aberto dada à cultura e buscando todas as oportunidades de ajudar o próximo. Por estes e outros motivos aqui fica a singela homenagem do "Marafações de uma Louletana".

 

Nota:

 

1. Não ausência de uma fotografia da Dona Catrixa coloquei uma da Casa da Primeira Infância, instituição a que esteve ligada.

 

 

 

 

 

28
Jun11

Rancho Folclórico Infantil e Juvenil de Loulé

Lígia Laginha

 

 

Bom dia caros visitantes do "Marafações de uma Louletana".

 

O folclore é sem dúvida uma marca predominante do Algarve. Desde cedo muitos optam por fazer parte de ranchos e começam a "balhar" o corridinho.

 

Criado em 1977, o Rancho Folclórico Infantil e Juvenil de Loulé interpreta danças e cantares do Concelho de Loulé, nomeadamente da zona serrana de Alte, a aldeia algarvia mais portuguesa, classificada nos primeiros lugares nos concursos das Aldeias Mais Portuguesas em 1938, data em que foram feitas as primeiras recolhas e se formou o Rancho-Mãe, considerado o mais genuíno do Algarve.

A idade dos seus componentes varia entre os 4 e os 12 anos. Dos 12 anos em diante formaram a tocata e o Coro. Os mais velhos fazem parte da Direcção do Rancho.

Utilizam como instrumentos os ferrinhos, o acordeão, a pandeireta e as castanholas.

Usam trajes típicos da zona serrana algarvia que em tempos antigos eram envergados em Festas, arraiais, casamentos e festas religiosas.

As danças mais características são o corridinho, o baile de roda mandado e os bailes de roda com a muito conhecida “Ti Anica de Loulé”.

O Rancho Folclórico Infantil de Loulé tem percorrido o País de Norte a Sul e algumas vezes deslocou-se a Espanha.

O fundador do Rancho Infantil de Loulé foi Fernando Correia Soares, agraciado este ano a título póstumo com a Medalha Municipal de Mérito - Grau Bronze. Natural da freguesia de Alte, Fernando Correia Soares após ter frequentado o Seminário, aos 22 anos, decidiu não prosseguir carreira eclesiástica e regressa à sua aldeia natal. 
Aí inicia funções na companhia de Seguros “O Alentejo”, cumpre o serviço militar e em 1952 ruma a Moçambique, onde permaneceu até 1975, desempenhando vários cargos na administração pública. No seu regresso vem viver para Loulé onde começa a participar na Comissão de Festas do Carnaval. 
Com currículo na área do Folclore, já que havia fundado um Rancho Folclórico em Moçambique, foi convidado para formar um Rancho Infantil em Loulé o qual surgiu em 1977. 

O Rancho Folclórico Infantil e Juvenil de Loulé foi orientado durante 32 anos por Fernando Soares. Em 1997, a Câmara Municipal de Loulé decidiu homenagear este grupo com a atribuição da Medalha Municipal de Mérito – grau prata.

 

27
Jun11

A Casa da Primeira Infância de Loulé

Lígia Laginha

 

 

Bom dia caros visitantes do "Marafações de uma Louletana".

 

Hoje a marafada optou por escrever um bocadinho sobre uma das instituições de maior importância existente em Loulé: a Casa da Primeira Infância.

 

Assim sendo:

 

A Casa da Primeira Infância é uma instituição particular de solidariedade social.

Primeira Associação criada em Loulé no pós-guerra recebeu o nome que hoje tem no dia 4 de Junho de 1945. Em 10 de Junho de 1945 foi inaugurada e “aloja-se” num grande edifício no Largo da Matriz, pela renda mensal de 300$00.

Foram fundadores desta instituição: Presidente: D.ª Maria José Soares Cabeçadas Ataíde Ferreira; João Farrajota Alves; D.ª Ivone Maria Pacheco Magalhães Pinheiro e D.ª Solange Vila Lobos Carvalho Santos.

A Casa da Primeira Infância ainda esteve instalada junto ao Castelo e só muito posteriormente viria ter a sua sede própria no Largo Capitão Salgueiro Maia.

Fundada para dar resposta às dificuldades das crianças mais desfavorecidas, ao longo da sua existência a Casa da Primeira Infância tem proporcionado às mesmas alimento, carinho e educação, muitas vezes de forma gratuita dadas as carências dos seus familiares.

Agraciada em 1995 com a Medalha Municipal de Mérito Grau Ouro, em 2008, a Instituição abarcava 7 valências, nomeadamente Creche, Jardim de Infância, ATL – Loulé, ATL “Inca”, Centro de Acolhimento Temporário “Os Miúdos”, Centro Juvenil “Ajudar a Sorrir” e Projecto Ludo-Rodas.

Em 2010, a Câmara Municipal de Loulé homenageou a fundadora da Casa da primeira infância atribuindo o seu nome a uma artéria junto à Instituição.

 

26
Jun11

Ilustres Louletanos (IX) - Manuel Gomes Guerreiro

Lígia Laginha

 

 

Bom dia caros visitantes do "Marafações de uma Louletana".

 

O Festival MED já terminou e a marafada ontem não "postou" o programa porque estava demasiado cansada para tal. Sabem "noites alegres, manhãs tristes". De qualquer forma podiam aceder ao programa no site do MED que aqui foi referido.

 

Mas mudando de assunto, porque o MED acabou mas a vida continua, hoje vamos homenagear mais um ilustre louletano de seu nome Manuel Gomes Guerreiro.

 

Agraciado com a Medalha de Municipal de Defesa do Meio Ambiente - Grau Prata, em 1993, pela Câmara Municipal de Loulé, Manuel Gomes Guerreiro nasceu na freguesia de Querença, Conselho de Loulé, frequentando o Liceu João de Deus, em Faro. Desde 1943 exerceu a profissão de engenheiro silvicultor. Paralelamente trabalhou 12 anos com o Prof. Vieira Natividade em Alcobaça, tendo-se dedicado ao melhoramento genético de espécies florestais como o choupo. Convidado para trabalhar em Moçambique, tornou-se director do Instituto Museu de História Natural de Álvaro de Castro e da Sociedade de Estudos de Moçambique. Foi igualmente Vice-reitor da Universidade de Luanda. Em 1974 regressa a Lisboa onde posteriormente exerceu o cargo de Secretário de Estado do Ambiente. Leccionou nas Universidades de Letras de Lisboa e na Universidade Nova. Em 1989 foi jubilado. É autor de uma vasta bibliografia nas áreas da silvicultura, do ensino e da ecologia. Proferiu diversas conferências em inúmeras Instituições.

Viria a falecer no decorrer do ano 2000.

 

24
Jun11

O 3.º dia do MED

Lígia Laginha

 

 

 

Bom dia caros visitantes do "Marafações de uma Louletana".

 

E continuamos em dias de MED não se podendo falar de outra coisa em Loulé. Aqui fica o programa musical para hoje:

 

24 de Junho de 2011

19:30Orquestra do Algarve
Palco Igreja Matriz
20:30Amar Guitarra
Palco Arco
21:00Nuno Rancho
Palco Bica
21:30Al Mouraria
Palco Castelo
21:45Luísa Sobral
Palco Cerca
22:45GEORGE CLINTON & Parliament/Funkadelic
Palco Matriz
23:30The Soaked Lamb
Palco Castelo
00:00DakhaBrakha
Palco Cerca
00:15Noiserv
Palco Arco
00:30Caldas Hand Saw Massacre
Palco Bica
01:15Batida
Palco Matriz
01:30Clube Conguito (Dj Set)
Palco Castelo

 

Nota:

 

1. Para quem não vai ao MED a marafada faz saber que tem mais opções, nomeadamente o bailarico do mastro que se realiza hoje junto ao recinto da Junta de Freguesia de São Sebastião. Venham "balhar"!

23
Jun11

O 2.º dia do MED

Lígia Laginha

 

 

 

Bom dia caros visitantes do "Marafações de uma Louletana".

 

Hoje este blog marafado continua a falar no Festival MED porque por estes dias não se fala noutra coisa em Loulé. Assim sendo, aqui fica o programa musical de hoje:

 

23 de Junho de 2011

19:30Josué Nunes
Palco Igreja Matriz
20:30Toca Tintas
Palco Arco
21:00Godai Project
Palco Bica
21:30The Gilbert's Feed Band
Palco Castelo
21:45Sean Riley & The Slowriders
Palco Cerca
22.00Outorga
Palco Arco
22:45SEUN KUTI & EGYPT 80
Palco Matriz
23:00Mudo As Maria
Palco Bica
23:30Os Golpes
Palco Castelo
00:00MAGNIFICO
Palco Cerca

 

Quanto à animação essa é diária e já a referi no post de ontem.

 

Nota:

 

1. A marafada recorda também que hoje é noite de Marchas Populares em Quarteira. Outra opção para quem já foi ou não tenciona ir espreitar o MED.

 

22
Jun11

Oitava edição do Festival MED arranca hoje em Loulé

Lígia Laginha

 

 

Bom dia caros visitantes do "Marafações de uma Louletana".

 

Hoje tem início a oitava edição do Festival MED em Loulé. Um dos mais célebres eventos decorrentes na cidade Louletana, o Festival MED traz até Loulé sons, sabores, cheiros e gostos de todo o Mediterrâneo. Assim, quem vier até Loulé por estes dias (o Festival termina no Sábado) e percorrer a sua zona histórica poderá disfrutar de boa música, gastronomia variada, artesanato que prima pela originalidade e ainda de peças de teatro, animação de rua e exposições.

 

O programa musical para hoje é o seguinte:

 

22 de Junho de 2011

19:30Quartetum
Palco Igreja Matriz
20:30Nobre Ventura
Palco Arco
21:00Migna Mala
Palco Bica
21:30Lula Pena
Palco Castelo
21:45António Zambujo
Palco Cerca
22.00Instinct Baroudeurs
Palco Arco
22:45JAADU - Faiz Ali Faiz & Titi Robin
Palco Matriz
23:00Eroscópio
Palco Bica
23:30Marrokan
Palco Castelo
00:00Muchachito Bombo Infierno
Palco Cerca

 

Na Galeria de Arte do Convento Espírito Santo, espaço no interior do recinto do Festival, David de Almeida é o convidado especial, e apresentará uma exposição intitulada “MED”. Nos claustros do Convento Espírito Santo estará ainda patente a exposição “Entre Margens” de Vasco Silva Lopes, uma mostra de visões insulares e ribeirinhas de Cabo Verde, Guiné-Bissau e Moçambique.
Espalhadas por todo o recinto estarão ainda várias manifestações de street art, silhuetas trabalhadas por diversos artistas plásticos. 

A exposição StreetLife é composta por trabalhos de:
Tatiana Barreiros
Mariana Madeira
John Lamonby
João Espada
Alexandre Sequeira
Milita Dore
Adérita Silva
Teresa Paulino
Pedro Bolito
El Menau
Peter de Jong
Brigitte Humboldt
Raúl Morgado
Palhó
Francisco José
Gustavo de Jesus
Paula Tujal
Paulo Quaresma
Carlos Vila
Charlie Holt
Carlos Guadalupe

 

O grupo Ao Luar Teatro apresentará diariamente, às 21h30, no Claustros do Convento Espírito Santo a peça "O Fado de Cássima e o Canto das Mouras".

 

Animação:

 

Espaço Med Kids:

 

Este é um local onde as crianças se podem divertir num ambiente agradável e acolhedor, criando e experimentando actividades relacionadas com o Mediterrâneo, de forma a estimular a sua imaginação, enquanto os pais circulam pelo recinto do Festival. Animadores irão estar disponíveis para realizar actividades na área das artes plásticas, expressão corporal e teatro. Haverá ainda a possibilidade de fazerem pinturas faciais. Durante quatro dias, o Med Kids recebe crianças com idades compreendidas entre os 6 e os 12 anos acompanhadas por uma equipa de monitores.


A permanência de crianças com idade inferior a 6 anos é permitida mas terá que ter um adulto a acompanhar.

Diariamente das 20h00 às 00h00 

Animação de rua:

Personagens hilariantes irão deambular pelo espaço do Festival de modo a divertir o visitante.
Pelo TAL - Teatro Análise de Loulé da Casa da Cultura.
Diariamente no recinto

A esta informação posso acrescentar o bilhete diário custa 12€ e o passe Festival (4 dias) custa 40 €. Os ingressos poderão ser adquiridos nas bilheteiras junto ao recinto.

 

Nota:

 

1. Para mais informações visitem o site http://www.festivalmed.com.pt que está bastante completo.

 

2. Sejam bem-vindos todos os que vierem por bem.

 

21
Jun11

O que os algarvios comem (VI) - Arjamolho

Lígia Laginha

 

 

Bom dia caros visitantes do "Marafações de uma Louletana".

 

Hoje a marafada decidiu voltar à paparoca e traz-vos um dos pratos que os algarvios mais comem nesta época quente: o Arjamolho. Também conhecido por gaspacho ou sopas frias, o arjamolho é confeccionado e comido um pouco por todo o Algarve e é um excelente acompanhamento para as sardinhas assadas.

O arjamolho é mais um prato de grande simplicidade que conquista aqueles que vêm de fora e o provam.

 

Então aqui fica a receita:

 

Ingredientes:

Para 4 pessoas

  • 300 grs de tomates maduros ;
  • 3 dentes de alho ;
  • 1 pimento verde ;
  • 1 dl de azeite ;
  • 2 cls de vinagre ;
  • 200 grs de pão caseiro duro ;
  • oregãos q.b. ;
  • sal grosso q.b.

Confecção:

Descasque os dentes de alho e pise com sal. Tire os pés aos tomates, escalde estes em água a ferver, retire a pele e limp de sementes. Corte em dados pequenos. Limpe o pimento e corte, também, em dados pequenos.
Num recipiente, deite o azeite, os oregãos, água fria e o vinagre. Junte os dentes de alho, o sal e os tomates. Corte o pão em fatias pequenas e adicione.
Mexa e sirva bem frio.

 

Nota:

 

1. Há ainda quem adicione pepino ou cebola ao arjamolho e quem não lhe coloque pimento. Todas estas vertentes são saborosas de igual modo. A marafada deixa a dica de que o pão deve estar bem duro e ser cortado em bocadinhos pequeninos.

 

2. Quem nunca provou experimente que é de comer e chorar por mais.

 

20
Jun11

Património Louletano (V) - O edifício dos Paços do Concelho

Lígia Laginha

 

 

Bom dia caros visitantes do "Marafações de uma Louletana".

 

Hove a marafada volta a falar do património louletano e escolheu escrever um bocadinho sobre o edifício dos Paços do Concelho, vulgo Câmara Municipal de Loulé.

 

Assim sendo:

 

Segundo Ataíde Oliveira a Câmara Municipal de Loulé terá estado situada em três lugares diferentes até à sua localização actual: o primeiro, num prédio onde Manuel dos Santos Gallo mandou construir uma cocheira, em frente à cadeia; o segundo, num prédio ao fundo da praça; o terceiro, a sala, junto ao tribunal judicial no Convento Espírito Santo.

O actual edifício da Câmara Municipal de Loulé trata-se de uma construção da primeira metade do século XIX, erguida pelo capitão de Milícias José Rafael Pinto, para aí residir.

A construção deste edifício, que inicialmente confinava pelo sul com um troço da Travessa do Lagar Velho a qual desembocava na Rua do Postigo (actual Rua 9 de Abrli), implicou a destruição de parte do pano da Muralha que corria de nascente para poente.

Em 1842, José Rafael Pinto requereu à Câmara Municipal permissão para englobar no seu prédio aumentando-o o referido troço da Travessa. O requerente comprometeu-se por sua vez a abrir uma passagem, por meio de um túnel, sob o seu prédio em direcção à Praça (actualmente Praça da República) mandando ainda rebocar à sua custa uma Torre da Muralha, sobre a qual se havia erguido uma cúpula para abrigo do relógio público.

A Câmara deferiu o pedido e surgiu a Travessa do Relógio, hoje Rua do Município.

Por falecimento do Capitão José Rafael Pinto herdou este prédio a sua filha, casada com José Cândido de Andrade, residente em Lisboa, que decidiu vender a casa.

A Câmara Municipal e a Vereação da mesma, composta por António Vaz de Mascarenhas, Francisco da Paula Galvão, Joaquim Filipe D´Aragão Valladares, José de Sousa Faísca, Luíz de Albuquerque Rebelo e João Rodrigues Mealha, na Sessão de 2 de Abril de 1884, resolveu adquirir o referido prédio tendo em conta que este estava implantado na então melhor artéria da cidade e a sua dimensão permitia albergar não só a Câmara como outras repartições. A casa foi comprada pela Câmara por 4.800$00 tendo a mesma de contrair um empréstimo para proceder ao pagamento do montante. Nessa altura a Câmara Municipal estava alojada em parte do Convento Espírito Santo, sendo que logo que este convento ficou devoluto o Administrador do Concelho de Loulé tomou conta das chaves e ali se instalou a Câmara e o tribunal Judicial. Esta ocupação foi contestada pelo Estado e só em 7 de Abril de 1861 a Câmara obteve a cedência, a título definitivo, do convento constituída pelos claustros, com exclusão das Celas e mais dependências da ala nascente e sul, tanto do piso superior como inferior.

Na mesma sessão foi decidida a expropriação ou aquisição de um armazém pertencente a José da Costa Mealha, situado no primeiro piso do prédio em questão e do lado poente. No entanto, o armazém não chegou a ser adquirido e José da Costa Mealha aí manteve o seu comércio de palma e esparto, comércio continuado pela sua viúva e por Artur Gomes Pablos. Em data incerta, a Câmara alugou o referido armazém e aí instalou a Tesouraria de Finanças e, depois, o alojamento de praças da G.N.R. Posteriormente, foi então comprado pela Câmara Municipal.

A partir de 1885, no primeiro andar do edifício, funcionaram a Câmara Municipal, a Administração do Concelho e a Repartição de Finanças. Em data muito posterior, nesse andar esteve situado a Repartição do Registo Civil.

O primeiro piso, do lado nascente, foi ocupado por uma esquadra de Polícia Cívica e depois pela G.N.R. No mesmo piso com frente para a Praça, foi alugada uma parte do prédio pela quantia de 4.000 reis mensais, a Manoel Fernandes Guerreiro, para instalação de uma mercearia.

Na outra parte, ou seja, numa divisão com frente para a Praça da República, funcionou durante largos anos, por cedência da Câmara, a Agência da Caixa Geral de Depósitos.

Alguns meses após a Implantação da República, em Fevereiro de 1911, a Comissão Municipal decidiu melhorar as instalações da Câmara e renovar o mobiliário do Salão Nobre, para o qual encomendou mesas e cadeiras idênticas às da Assembleia da República, e um estrado, tendo sido levadas a cabo, no ano seguinte, as obras de restauro dos soalhos, portas, janelas e foi feito um estudo visando a ampliação do edifício. Parte do referido mobiliário pode ser hoje visitado na Alcadaria do Castelo de Loulé.

O edifício conservou durante anos a sua traça primitiva. Em 1942, foi o seu interior remodelado e a fachada alterada, dividindo-se o balcão em diversas janelas, sob projecto do Arquitecto Inácio Peres Fernandes.

Actualmente hospeda a maioria dos serviços municipais, que se estendem pelas diversas zonas do edifício.

 

Nota:

 

1. A informação aqui apresentada foi retirada da obra "Monografia do Concelho de Loulé" de Ataíde Oliveira, de um texto da autoria do Eng.º Luís Guerreiro e ainda da obra "Loulé no século XX" de Isilda Maria Renda Martins.

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